sexta-feira, 9 de julho de 2010

"O brasileiro lá no estrangeiro..."

Como me dão raiva os repesentantes da cultura!
Aquelas menininhas que no estrangeiro fazem questão de mostrar que são brasileiras, assim como aqueles moleques que arranjam uma bola para mostrar o que é que sabem.
Como me dão raiva esses!
O brasileiro no estrangeiro parece fazer questão de mostrar, em sua maioria, que é um povo feliz, alegre, simpático, que sabe viver!!! Por isso é "samba" pra cá, futebol pra lá, galanteios, rebolados e remelexos.
Me faz pensar em como a psicologia é nessária para que se entenda esse povo. Parece que ronda no brasileiro uma sídrome de inferioridade, provavelmente por conviver com tanta pobreza e miséria e se culpar por sua preguiça macunaímica que o leva à inação. O brasileiro precisa, masi do que muitos, mostrar que é feliz, mostrar que, apesar de tudo, "não desiste nunca", não morre na praia.
Por isso cantam, precisam mostrar aos outros, que também são capazes de conhecer a si mesmos, à sua própria cultura, e mostrar que têm muito a ensinar. É triste, na verdade. É triste que tenhamos deixado morrer tanta coisa, criando uma mentalidade amorfa, uma identidade vazia. Como eu já disse em outro texto, a identidade é ainda necessária. O brasileiro confronta este problema onde quer que vá. Quando viaja, por exemplo, para mostrar que é brasileiro, usa o futebol e a música, põe um gorro do "curíntia" e uma calça apertada.
É como na Copa do Mundo. Todos param para ver o Brasil. Parece que é a única grande chance que temos de mostrar que podemos ser grandes, que temos, também, beleza e democracia, que sabemos o que é arte e alegria.
A verdade é que o brasileiro não está contente em ser ele mesmo.

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