sábado, 6 de março de 2010

Da Diferença

A pessoa mais inteligente de minha geração que eu conheço, me dizia ontem mesmo sobre a questão da Diferença em Deleuze.
A Diferença, disse-me ele, é algo que resta conceituar, ou melhor, se entendi bem, é algo a que conceito algum consegue acessar. É aquilo que, no Ser, é inominável (seria como o estofo para Merleau-Ponty?), a diferença é incompreensível e, se aparentemente, ela foi compreensível, foi porque foi sempre interpretada a partir do semelhante. Ledo engano.
Isso me levou a pensar...
A diferença deveria ser aquilo pelo qual o Ser anseia. Quiçá seja, mas um certo Ser social (seguramente essa categoria não existe em Deleuze), impele-nos a buscar sempre pelo semelhante...
Ao inferno com isso.. Eu (aquele eu de carne e osso de Unamuno), quero a diferença!
Dynamis, hybris!

Um comentário:

  1. É nozes Gu!
    A Diferença nunca foi e nunca será compreendida, pois não é da ordem da razão e sim da sensação! E ainda bem!
    Belissimo texto! Quem é a pessoa da nossa geração mais inteligente que vc conhece? Pq a pessoa mais inteligente que eu conheço é VC!
    bjo

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