terça-feira, 1 de março de 2011

Sobre o Conceito de História IV

Tese XVI - "O materialista histórico não pode renunciar ao conceito de um presente que não é transição, mas no qual o tempo estanca e ficou imóvel (Stillstand). Pois esse conceito define exatamente o presente em que ele escrever história para si mesmo. O Historicismo arma a imagen 'eterne' do passado, o materialista histórico, uma experiência com o passado que se firma aí única. Ele deixa as outros se desgastarem com a prostituta 'era uma vez' no prostíbulo do Historicismo. Ele permanece senhor de suas forças: viril o bastante para fazer explodir o contínuo da história".

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A alegoria da prostituta no prostíbulo do Historicismo. Até hoje a prostituta "era uma vez" recebia os vencedores um após outro, sem escrúpulos para se dar a um e, em seguida, abandoná-lo para receber o próximo. Assim, "era uma vez" Júlio César, "era uma vez" Carlos Magno e etc. O materialista histórico, por outro lado, confia à imagem do passado o papel de uma experiência única percebendo num lampejo, num instante de perigo, a constelação crítica que essa imagem forma entre passado e presente. Para que esta constelação se forma, é preciso que fique imóvel por um momento, suspensa, o que equivale, no nível historiog´rafico, à interrupção causada pela revolução.

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