segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Trabalho

Agora que comecei a trabalhar - e sinceramente sinto que realmente tenho trabalhado pesado, mesmo porque é a primeira vez que trabalho - percebi que de fato o trabalho é um martírio. Mesmo assim, conversando com meu "chefe", que é meu amigo, percebi que é preciso aprender a trabalhar. Não só a realizar alguma técnica ou aprender um "metier", mas aprender o motivo pelo qual se trabalha, e compreender o valor desse trabalho. O motivo é muito óbvio: trabalhamos para nos sustentarmos. Mas o valor, esse é mais difícil, pois em certos trabalhos, esse valor é imaterial. Um chef de cozinha tem como recompensa sorrisos de deleite após uma refeição; um professor tem como recompensa o reconhecimento e o avanço e independência de seus alunos - de alguns só, é claro. De uma forma ou de outra, aí é que percebemos que o trabalho, ainda que seja um estorvo, pois ninguém de fato gosta de trabalhar, traz algo de bom, algo que nos ensina a compreender melhor as coisas.
Se eu escolhi me preparar para ser um docente, sei que minha recompensa serão textos publicados e aluno sque aprendam a pensar por si mesmos. Mas sei que isso será suficiente, pois é esse bem imaterial é o objetivo que desejei atingir e que atingido-o, será passado para outros. Além disso, o trabalho pode ser capaz de nos ensinar um pouco de humildade, de reconhecimento, de percepção. Comecei a aprender que não sou mais do que ninguém; e isso não por uma subserviência cristã ou algum ideal utópico, mas porque, no fim do dia, eu trabalhei em equipe, eu vi que outros precisam de mim e que eu preciso dos outros. E que não há como fugir disto.

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