domingo, 16 de agosto de 2009

Lima

Sim, voltei do Peru, há exatamente 1 semana. Por duas semanas perambulei pelas ruas de Lima, Cusco e arredores e percebi a importância de se perder para conhecer uma cidade.
Perdendo-nos, encontramos o rumo certo, pois traçar um caminho num mapa é fácil e confortável, mas descobrir, ou melhor, revelar uma cidade, prestando a atenção devide em suas esquinas, nas curvas de suas fachadas, na inclinação de suas ruas, na semelhança com as cidades que já revelamos e principalmente na dependência que cria com sua gente, isso é impagável.
Foi assim que descobri Ricardo Palma. Foi assim que, andando em Lima, me vi numa São Paulo da década de 40 ou 50 que encontramos nos livros de fotos e memórias. E digo que me senti assim não por uma questão de atraso ou coisa do tipo, mas porque Lima respira um ar de um certo metropolitanismo, mas com seus boulevards bem conservados, com suas ruas limpas e com aquele movimento pedestre das gente à caminho do trabalho e sendo muito semelhante ao ritmo de São Paulo, porém respirando outros ares, remeti a uma imagem do Viaduto do Chá já qase da década de 50 em que meus avós e meu tio-avó caminham em direção ao TEatro Municipal, com um fluxo intenso de paulistanos que hoje encontramos em nosso avós ou nos avós de nossos amigos. Mais solicitos, mais cordiais, um pouco mais autênticos.
Foi isso que senti em Lima pensando em São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário