sábado, 11 de dezembro de 2010

Alfabeto

Como não me encantar com esta língua que me une ao moçambicano e ao angolano, ao português e ao guineense, a caboverdiano e ao de São Tomé; quiçá a Macau e Goa o que acho mais difícil. Mas de qualquer modo, como não amar a língua de Camões, Quental, Pessoa, Guimarães Rosa, Drummond, Bandeira, Craveirinha? Essa língua que é um mar vasto e repleto de praias e portos nos quais se ancorar. Esta língua que a-e-i-o-ua; essa língua oceânica que, tão vasta quanto os mares é a única que sabe o que é a saudade, esse amor do tato ausente, esse sentir-se em casa longe do lar...
Essa língua não é uma língua portuguesa, mas tantas e diversas; línguas e português.

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