Ah.. Paris. A "Cidade Luz"...

É difícil dizer o que vivi em Paris. Tudo ainda é muito recente e demoramos sempre a assimilar muitas coisas. Foi intenso. Foi rápido. Foi demorado. Longos promenades. Me senti um pouco como Rousseau. Paris, ainda que estressante e irritante, fedida, suja, te convida a pensar. E eu pensei. Pensei na família, nos amigos - especialmente em 3 deles - nas coisas que eu tenho feito. Percebi que melhorei em algo que sempre achei ruim em mim mesmo: a incapacidade de pensar nos outros. Pensei em como certas pessoas são importantes para mim, em como eu preciso de algumas delas não por necessidade, mas simplesmente porque eu as amo mais do que eu pensava.
Mas sobre Paris... bem. Paris é fedida. O metrô cheira a urina. É uma cidade linda, claro. Mas burguesa, superficial. Tudo é consumo. Tudo é aparência. Não bate um coração. Paris é um circo de satisfação. Encontra-se o que se quiser e há sempre algo novo esperando para ser consumido por você.

E o orgulho francês? Orgulhinho quase fascista - senão completamente fascista - similar ao dos italianos que se gabam de falarem com as mãos e pensar se vestirem bem. Todo monumento em Paris é pela honra e a glória da nação francesa. Chegam ao ponto de acreditar que a liberdade do mundo está intimamente ligada à liberdade da França!
Os parisienses, por sua vez... bem... não fi mal-tratado por nenhum. Não posso concordar com os que dizem que os parisienses são estúpidos. Todos foram muito solicitos. Mas ao mesmo tempo andam com o nariz um pouco arrebitado demais. Paris e os parisienses são demodês. Assim como a burguesia. Aquela coisa de sentar no café e fumar um cigarro fazendo pose acho que já devia ser fora de moda em 68.


Por hoje, é tudo
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