Londres.. ah... Londres.

Os latinos adoram tomar por arrogância esse comportamento britânico. Talvez porque no fundo os latinos gozem de pouca liberdade. Comparação feita a outras nações, os ingleses gozam de liberdade, pois os limites de suas atitudes são impostas por eles mesmos. O limite entre o bom senso e a depravação ou o abuso é outorgado ao próprio povo. Por isso não se preocupam em medir os outros na rua, em medir seus trajes, suas aparências.
Foi o lugar em que as pessoas mais foram simpáticas, porque percebia-se uma simpatia sincera. Não por educação ou bons modos, mas simplesmente porque é assim. Ponto.

Longe da perfeição, óbvio. Quando um inglês quer ser descortês, não faz cerimônia.
Mas mudando um pouco, a própria cidade te convida a viver. É uma cidade pulsante, frenética. Os pubs lotados no dia de São Jorge, as músicas que escapam das portas entreabertas. A multidão que passa dizendo "sorry" a cada esbarrão, os ternos bem cortados, as pernas que se alongam por baixo das saias sociais, Picadilly, sempre cheio de jovens a espera de algo para fazer.
Cada esquina traz uma surpresa, e toda Londres é um grande mistério.
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