Foucault, em sua Vontade de Saber, aponta para a possibilidade de identificar, dentro da scientia sexualis que somente o Ocidente desenvolveu, uma certa vontade ao redor do sexo que não se limita somente a conhecê-lo cientificamente.
O saber sobre o sexo possibilita a transformação dele em arte.
Há provavelmente uma arte que é erótica no Ocidente. A questão é que o Belo, tão buscado pelos artistas ocidentais, principalmente da modernidade, vinha como uma máscara, escondendo aquilo que por si só é Belo: o corpo, o prazer e o gozo.
Algumas excessões vieram sempre em forma de absurdos assim como o L'origine du monde de Courbet ou as obras de Von Bayron.
O potencial erótico de um Lev Chivotsky é inegável. O Ocidente possui sim uma ars erotica. Ele só não sabe.
Há algo mais erótico, por exemplo, do que o Êxtase de Santa Tereza?
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